Você não está sozinho
O luto, tão associado com a ideia de morte, ainda é considerado um assunto tabu em nossa sociedade. Torna-se ainda mais aparente no momento atual, pois, como nunca, somos bombardeados por informações, notícias, imagens, gráficos, etc. que apontam sobre a morte.
Por vezes, essas mortes são distantes como números na televisão, mas, em outros momentos, perto como um amigo querido ou um familiar. Notícias nos deixam acordados à noite; somos abatidos por um sentimento verbalizado em: “Meu Deus! Que horror”, junto com um frio na barriga decorrente da impotência em conseguir mudar o atual cenário.
O tema de hoje é: a perda. E por mais doloroso que seja ler e pensar sobre isso, é importante conhecermos a nós mesmos e aprendermos algo que nos ajude a melhorar, certo? Portanto, este estudo tem o compromisso de explorar mais esse tema e iniciaremos uma conversa com aqueles que já passaram, estão passando ou, certamente, irão passar por uma perda – para que possamos aprender juntos formas mais saudáveis de lidar com esse luto, com essa dor.
O que é o luto?
O luto é uma experiência natural. Assim como o processo de cura de um ferimento. Mas por vezes problemas podem acontecer nesse processo e o que era para ser saudável e natural se torna complicado.
Portanto, a resposta é: não. O luto não é uma doença, mas ele pode tornar-se “patológico” – complicado.
O processo do luto
O choque à mudança – separar-se de algo/alguém amado – é estressante para nós, enquanto humanos. A situação ativa pensamentos e sentimentos em nós, disparando sensações fisiológicas em nosso corpo.
Durante este processo é normal sentir:
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Dores no peito,
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Falta de energia e de ânimo,
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Fraqueza muscular,
Entre outros sintomas que fazem as pessoas procurem médicos em vez de psicólogos. Mas a raiz dos sintomas é, de fato, a perda vivida.
Cuidando de você mesmo
Faço a ressalva para enfatizar que não há forma certa ou errada de vivenciá-lo. Por ser natural, todos passarão e cada um de sua própria maneira. Exige tempo para adaptar-se à nova realidade.
Não obstante, jeitos diferentes impactam de forma diferente nossa saúde. Da mesma forma que escolhemos evitar gorduras transgênicas e o excesso de açúcar em algumas refeições para resultar em melhor impacto na nossa saúde futura, podemos aprender sobre outros hábitos e atitudes que nos trarão benefícios para nossa saúde mental.
Aceitando a perda
A pessoa aceita a perda com paz e serenidade, sem desespero ou negação. Nessa fase, o espaço vazio deixado pela perda é preenchido. É um período que depende muito da capacidade da pessoa de mudar a perspectiva e preencher o vazio. Não há receita infalível. Mas religiosidade, fé, crença num ser superior, ajuda de psicólogos ou psiquiatra, comprovadamente, ajudam muito chegar mais rápida e facilmente à aceitação.

Grupos de apoio
Hoje nós temos: psicólogos. Então, a terapia é sempre uma oportunidade benéfica de melhorar.
Quando o processo se transforma em algo disfuncional ou patológico, aí já não é mais uma recomendação generalista. Transtornos como Depressão, Ansiedade, Obsessivo Compulsivo, entre muitos outros, são doenças, e neste caso devem ter acompanhamento profissional de todo modo.
Quando falamos exclusivamente de luto, ainda que seja um processo doloroso, é um processo natural. Portanto não necessariamente o sofrimento é sinônimo de transtorno ou doença.
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Viver e superar o luto: como fazer?